2012
Quem de nós não se diverte com um bom apocalipse? Parece que é algo inerente da raça humana gostar de ver o grande circo da civilização pegando fogo, pelo menos na ficção. E o alemão Roland Emmerich se tornou uma espécie de especialista nesse filão, tendo em seu currículo“Independence Day”, “O Dia Depois de Amanhã” e agora este “2012″.
Começando em 2009, o longa nos apresenta ao idealista cientista Adrian Helmsley (Chiwetel Ejiofor) descobrindo que o apocalipse está realmente vindo, por conta da influência de atividades solares. Alertando rapidamente ao governo do Presidente americano Thomas Wilson (Danny Glover), misteriosos preparativos para a catástrofe começam a ser feitos, sob a administração do frio Carl Anheuser (Oliver Platt).
Paralelamente, acompanhamos o drama de Jackson Curtis (John Cusack), um escritor fracassado e divorciado que tenta salvar sua família da devastação iminente, sendo ele responsável pelo clássico “olhar humano” das narrativas dos filmes catástrofes e sendo do ponto de vista dele e do maluco por conspirações Charlie (Woody Harrelson) que as pessoas comuns (vide nós) acabamos por descobrir o grande plano do(s) governo(s).
A cena mais impressionante, de longe, é a fuga de Los Angeles, uma sequência de tirar o fôlego que ficará marcada como uma das mais emocionantes do ano. Longa, dinâmica, bem realizada e bastante condizente com a cidade californiana. No entanto, o público notará que ela meio que se repete durante o filme, com diversos elementos da correria da família Jackson acontecendo em outras partes da fita, como a saída de Las Vegas e Yellowstone e o voo sobre o Hawaii, gerando uma sensação de “já vi isso” e denunciando uma falta de imaginação tremenda dos realizadores em relação às escapadas.
Nota: 7
Fonte: Cinema com Rapadura